4 de fevereiro de 2010

Discutir ou ofender

Palestrante Rogerio Martins

Recentemente passei por mais uma situação curiosa. Ao responder uma mensagem em determinado grupo virtual de RH fui surpreendido com uma resposta pública de um participante, desferindo ofensas ao meu posicionamento.

Inicialmente foi um choque. Afinal, cada um tem sua opinião, seus valores, seu posicionamento. Cabe ao outro expor respeitosamente seu ponto de vista. Porém, tenho percebido e vivenciado que recentemente as pessoas andam cada vez mais agressivas e ofensivas.

Imagine você comentar com colegas sobre sua preferência futebolística? Ah, imagine se você torce para um time diferente da maioria? O que há de mal nisso?

O mal está na forma. O mal está no jeito com que as pessoas se colocam diante do diferente. Parece, para alguns, ser mais fácil criticar, ofender, espancar do que pensar sobre outra perspectiva.

TOLERÂNCIA ZERO!

Vivemos o "império da intolerância". Lembro do antigo personagem do ator Marco Milani (acho que é isso) que tinha como bordão: "tolerância zero!" Era divertido, pois as situações que o comediante passava eram realmente irritantes para a maioria das pessoas.

A questão é que isto está se tornando uma febre. Está no trânsito: quando o sinal fica verde (no semáforo) o desesperado que está atrás já está com a mão na buzina. E o pior é que contagia outros "delinquentes".

Está na escola: quando um aluno não gosta de outro simplesmente vai lá e bate, mata, arrebenta o outro. Que tipo de valor está sendo ensinado nas escolas?

Está nas empresas: quando um funcionário discorda da opinião do chefe é sumariamente demitido. Qual empresa cresce quando todos pensam e fazem tudo igual?

Está na internet: quando você emite uma opinião contrária a alguém é publica e impiedosamente atacado. Hoje a internet tem uma força para criar e destruir "ídolos".

É preciso ter cuidado. Muito cuidado. Afinal, estamos falando de pessoas. Tolerância é fundamental. Porém, tolerância é diferente de aceitação. Posso não concordar, mas respeito. Posso pensar diferente, mas procuro compreender o outro ponto de vista.

Para praticar a tolerância é preciso pensar antes de agir. É ter controle sobre as emoções destrutivas e colocar mais amor em tudo o que faz. Afinal, somos todos semelhantes, apesar de todas nossas diferenças.

RogerioMartins é Psicólogo, Professor, Palestrante e Escritor. 
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3 comentários :

  1. Concordo plenamente com você companheiro. Não há nada de estresse nisso tudo, o que a na verdade é uma libertação do verdadeiro "Eu"; eu que digo a verdade, eu é que consigo, eu que sou melhor, eu é que faço, eu que sou o chefe.
    Alex.logística
    universo.logistica@hotmail.com

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  2. Olá Rogério. É a 2a. vez que li um artigo seu (o primeiro foi aquele "o cliente sempre tem razao?" que coloquei em meu blog. Pelo visto navegarei bastante por aqui pois além de me interessar pelo universo corporativo, marketing, treinamento, também me interesso pelo conteúdo sobre as relações humanas. De fato, atualmente, com a liberdade que se tem para comentarmos sobre quase tudo que é escrito na internet, eu tenho percebido verdadeiros shows de horrores. Agressividade só pela agressividade, a maior parte das vezes apenas um extravasamento de emoçoes destrutivas, como voce colocou, pessoas que só estão ali com espírito de pit-bulls. Qualquer artigo vira motivo para algumas pessoas inacreditavelmente agressivas, chamarem o(a) autor(a) de boiola, de biba, de fútil, de burro. Sao comentários do mau, inúteis, sem valor nenhum que a gente vê aos montes por aí, nos mais variados tipos de canais e vejo principalmente em cima de artigos do yahoo, ou do terra. Destes canais maiores, digamos assim. O mau uso, o uso mal intencionado está disseminado. Fico até mesmo infeliz. Faço minhas as suas palavras: "É ter controle sobre as emoções destrutivas e colocar mais amor em tudo o que faz. Afinal, somos todos semelhantes, apesar de todas nossas diferenças.". Um abraço. Beatriz

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  3. Beatriz, obrigado por seu comentário e depoimento. Certamente estamos sujeitos a situações como estas, pois nos expomos e viramos "vidraça". Há muito que amadurecer em todos nós. Eu estou fazendo minha parte, refletindo sobre minhas palavras e ações. Quando necessário faço os ajustes e correções. Porém, não tenho como fazer isso pelos demais.

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